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Entre os dias 23 e 26 de setembro de 2025, a cidade italiana de Reggio Emilia acolhe a próxima edição da Placemaking Week Europe, um dos mais importantes encontros internacionais dedicados à reflexão sobre o futuro dos espaços públicos. Este evento anual reúne centenas de profissionais de diversas áreas - do urbanismo à arquitetura, da cultura às políticas públicas - para discutir estratégias inovadoras que promovam cidades mais habitáveis, inclusivas e resilientes. Em 2025, o programa dedica especial atenção à articulação entre cultura, sustentabilidade, participação cidadã e desenvolvimento urbano e rural, propondo uma abordagem transdisciplinar e integrada ao placemaking.
No centro destas discussões estará a presença ativa de Portugal, através da plataforma Outdoor Arts Portugal, promovida pela Bússola, que participa ao longo dos quatro dias do evento com uma agenda estratégica e colaborativa. A participação portuguesa reforça a importância da criação artística em espaço público como catalisador de desenvolvimento territorial sustentável, aproximando comunidades, fomentando sentido de pertença e potenciando novas economias culturais. A Bússola apresenta-se, assim, como um agente-chave na interligação entre políticas culturais e estratégias de planeamento urbano e rural, numa perspetiva profundamente europeia e comprometida com os desafios contemporâneos.
A primeira intervenção de Outdoor Arts Portugal acontece a 24 de setembro com a coorganização da sessão “Participatory arts as placemaking tools: lessons from around the world”, um World Café dinâmico que reúne representantes de cinco projetos artísticos oriundos do Canadá, Itália, Portugal, Países Baixos e Curaçao. A sessão parte de uma pergunta essencial - poderá a arte ser um instrumento de placemaking? - e propõe uma reflexão conjunta sobre o potencial transformador das artes participativas na construção de espaços públicos mais justos, belos e significativos.
Através de apresentações curtas e discussões em pequenos grupos, os participantes são convidados a partilhar boas práticas, ferramentas metodológicas e visões críticas sobre o papel da arte na construção de novas narrativas territoriais. A sessão é ainda palco para a apresentação da nova edição estratégica da Outdoor Arts Portugal, a lançar em novembro de 2025, que será destacada como exemplo de boa prática e estudo de caso de referência. Esta publicação reúne reflexões, projetos e ferramentas do setor das artes performativas em espaço público em Portugal, consolidando a sua contribuição para o debate europeu sobre cultura e espaço público.
O painel da sessão integra:
- Kristel Zegers (Breda University of Applied Sciences, Países Baixos).
- Fiorella Pinillos (Codiretora, La Libélula Cooperative, Canadá).
- Bruno Costa (Codiretor, Bússola/Outdoor Arts Portugal).
- Daniel Vilar (Codiretor, Bússola/Outdoor Arts Portugal).
- Francesca Tagliavini (Fondazione Palazzo Magnani, Itália).
- Matilde Barbieri (Fondazione Palazzo Magnani, Itália).
- Kurt Schoop (Kaya Kaya Movement, Curaçao).
Dois dias depois, a 26 de setembro, a Bússola regressa ao palco do evento com um papel de destaque. A convite da Placemaking Europe e em representação da Circostrada Network - rede europeia para o desenvolvimento das artes em espaço público e do circo contemporâneo, da qual é membro do comité de direção - a Bússola assume a moderação da sessão “City Rhythms: How Art, Sound, and Festivals Transform Public Space”. O painel propõe uma análise sobre o impacto das artes e dos eventos culturais na regeneração de espaços urbanos e rurais, destacando práticas que promovem coesão social, inovação cidadã e vitalidade económica.
A sessão parte do princípio de que música, dança, festivais e práticas culturais participativas não são apenas manifestações artísticas, mas plataformas fundamentais para ativar o espaço público como lugar de encontros, escuta e imaginação coletiva. Com exemplos que vão desde cidades património UNESCO a bairros contemporâneos em transformação, o painel demonstra como estas práticas contribuem para uma visão mais sensível e inclusiva do planeamento urbano.
A discussão articula quatro dimensões fundamentais: os festivais como motores da economia criativa; o som e a música como catalisadores de ligação emocional e memória urbana; a inovação artística como motor de design inclusivo; a dança urbana como ferramenta de regeneração social e espacial.
Participam neste painel:
- Luciana Renner (Placemaking Mexico).
- Vittorio Salmoni (Arquiteto e vice-diretor de Urbanismo, INU, Itália).
- Jaruwan Daengbuppha (gestora de turismo cultural, Sukhothai, Tailândia).
- Irene Sartorelli (Centro Coreografico Nazionale/Aterballetto, Itália).
- Alessandra Sbriscia (Fondazione Teatri Reggio Emilia, Itália).
- Moderação: Bruno Costa (Codiretor, Bússola/Outdoor Arts Portugal).
A presença (continuada) da Outdoor Arts Portugal na Placemaking Week Europe representa um marco relevante na consolidação de uma abordagem estratégica à criação artística em espaço público como ferramenta de transformação social e territorial. Através da sua participação ativa em duas sessões internacionais de referência, a Bússola reforça o seu papel enquanto agente ativo na dimensão europeia, promovendo pontes entre práticas artísticas, políticas urbanas e estratégias sustentáveis de desenvolvimento.
Num momento em que as cidades e regiões enfrentam desafios crescentes de fragmentação social, desigualdade e emergência climática, a afirmação de uma visão cultural transdisciplinar (ancorada na arte como gesto de escuta, imaginação e ação) revela-se essencial para redesenhar o futuro dos lugares que habitamos.
O programa Outdoor Arts Portugal é promovido pela Bússola, com o apoio da República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto, através da Direção-Geral das Artes.
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